É Muito Chocante: Cortes no Braço do Filho de Susana Gravato Provam o Que Ninguém Imaginava – Um Drama Familiar que Abalou Portugal
Gafanha da Vagueira, 16 de novembro de 2025 – O país acordou esta manhã com uma revelação que transforma o já chocante homicídio de Susana Gravato, vereadora da Câmara de Vagos, num pesadelo ainda mais sombrio. Análises forenses preliminares, reveladas ao Correio da Manhã por fontes próximas da investigação, confirmam que os cortes superficiais no braço esquerdo do filho de 14 anos da vítima – inicialmente atribuídos a um acidente doméstico – foram auto-infligidos, horas antes do crime. «É muito chocante: os cortes no braço do filho de Susana Gravato provam que ele planeava suicídio antes de matar a mãe», confidenciou um perito da Polícia Judiciária (PJ), sob anonimato. «Ele queria acabar com tudo, mas algo o fez virar a arma contra ela.»

O caso, que explodiu há menos de um mês, continua a paralisar o distrito de Aveiro. Susana Gravato, 49 anos, licenciada em Direito e militante do PSD desde 1994, era o coração da coesão social em Vagos. Com pelouros como ambiente, justiça, saúde e administração geral, dedicava-se a causas invisíveis: apoios a famílias carenciadas, campanhas contra a solidão rural, visitas a lares de idosos. Natural de Ílhavo, vivia na Gafanha da Vagueira desde os seis anos, num lar que vizinhos descreviam como «o exemplo de harmonia». Casada com um engenheiro civil, mãe de dois filhos – o de 14 e uma menina de 10 –, Susana era vista como «uma mulher de ferro e coração mole», segundo Américo Matos, tesoureiro da Junta da Gafanha da Boa Hora e amigo do casal.
Tudo mudou na noite de 21 de outubro. O marido de Susana, ao regressar do trabalho, encontrou a casa em silêncio mortal. No quarto, a mulher jazia no chão, ensanguentada, coberta por uma manta dos pés à cabeça – um gesto que a jornalista Joana Côrte-Real, do Linha Aberta da SIC, descreveu como «de gelar o sangue: parecia que alguém tentava esconder o horror». Susana fora atingida por dois tiros de caçadeira pelas costas, um deles fatal na nuca. A arma? Pertencia ao pai, guardada num cofre familiar. Ao lado, o filho de 14 anos, pálido e com o braço enfaixado, murmurou: «Ela chateava-me muito.» A PJ deteve-o na hora, por «fortes indícios de homicídio qualificado». O plano, segundo o inquérito: fugir com um amigo, levando a moto do pai, a arma e dinheiro do cofre. Mas Susana chegou cedo, surpreendendo-o.

Os cortes no braço surgiram na autópsia inicial do menor – não uma, mas quatro linhas paralelas, superficiais, feitas com uma navalha encontrada no quarto. «Não era acidente», explica o consultor forense Albino Gomes, no Dois às 10 da TVI. «Os ângulos e a profundidade indicam auto-mutilação. Ele cortou para sentir dor, ou para testar a coragem antes do suicídio. Depois, virou-se para a mãe.» O jovem confessou: planeava «acabar com a vida» por «pressões familiares e influência da internet» – vídeos de violência e fóruns obscuros que o radicalizaram. Amigos revelam que ele sofria de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) não diagnosticado, agravado por bullying na escola e discussões constantes com Susana sobre o uso excessivo de ecrãs. «Ele era um menino sossegadinho, humilde», disse uma vizinha ao Flash. «Mas isolado, sempre no quarto.»
O pai, devastado, ainda não viu o filho. «Ele encontrou-a assim, pensou que o rapaz fora raptado», contou uma fonte próxima. Manobras de reanimação falharam; os bombeiros declararam o óbito no local. O viúvo, 52 anos, está em luto fechado, recusando entrevistas. «Perdi a mulher e o filho na mesma noite», terá dito a um familiar. A filha mais nova, de 10 anos, está com a avó materna, em Ílhavo, sob apoio psicológico. A Câmara de Vagos decretou três dias de luto municipal, com uma nota de pesar que ecoa: «Susana destacava-se pela dedicação ao serviço público, pela proximidade às pessoas. A sua partida deixa-nos mais pobres.»

A investigação, a cargo da PJ de Aveiro, avança a passos largos. O menor está internado em regime fechado no Tribunal de Família e Menores de Aveiro, por três meses iniciais – medida preventiva, reavaliável. Peritos analisam o telemóvel do rapaz: histórico de pesquisas sobre «como morrer» e «armas caseiras», misturado a jogos violentos. «Influência da internet? Sem dúvida», afirma Américo Matos. «Esta fatalidade não tem explicação racional. Quando cair a ficha, ele vai sofrer mais que ninguém.» O Ministério Público debate a imputabilidade: aos 14 anos, pode ser julgado como adulto se o crime for qualificado como premeditado.
Portugal chora e reflete. #JustiçaParaSusana e #SalvemAsCrianças dominam as redes, com 1,8 milhões de partilhas. Em Vagos, vigílias silenciosas iluminam a praça municipal, velas ao lado de fotos de Susana sorridente. Ativistas clamam por mais apoio à saúde mental juvenil: «Um TOC não diagnosticado, uma mãe dedicada, um filho perdido – como chegámos aqui?» O PSD nacional, partido de Susana, promete uma comissão para rever leis sobre menores e armas em casa.
No funeral, marcado para amanhã na igreja da Gafanha, espera-se uma multidão. O caixão, coberto pela bandeira do concelho, simbolizará a vereadora que «fazia o bem a todo o mundo». Mas o vazio permanece: uma família despedaçada, um segredo de dor revelado por cortes no braço. É muito chocante, sim. Mas talvez, nesta tragédia, nasça a urgência de ouvir os silêncios das crianças antes que gritem com balas.